Ana Carolina Vigiani

Psicoterapia online

Águas passadas não movem moinhos?

Autor: Psicóloga Ana Carolina Vigiani, CRP 46710

No princípio de um relacionamento, é comum que o passado vire pauta de conversas e até empecilho para a continuação do relacionamento. É nesse momento que ambos estão tentando se conhecer, avaliar a compatibilidade de valores e crenças e decidir se existe ou não um futuro para o casal. É uma fase importante e natural.

O passado do outro deve ser visto como algo que o constitui, como a água que já moveu o moinho e modificou, mesmo que sutilmente, o leito do riacho.

As percepções disfuncionais desse contexto incluem o ciúme exagerado e a dificuldade de abrir mão do passado. Ambos são expressões de imaturidade e insegurança.

Reconheça em si mesmo os aprendizados dos relacionamentos anteriores. Tanto as dores quanto as alegrias, de alguma forma, modificaram você, de maneira mais intensa ou mais superficial.

Racionalize o ciúme e submeta-o com a força da vontade de fazer bem ao parceiro. E, se houver dificuldades com isso, talvez você precise de ajuda profissional. Não deixe que um ato instintivo prejudique suas relações e fira as outras pessoas.

Aceite que é impossível fazer com que o tempo volte ou a água nunca tenha passado naquele riacho e movido aquele moinho. Mas você pode valorizar inclusive isso. Você pode ressignificar!

E, se ao olhar para o leito do córrego você se admirar com sua beleza, seja grato por como ele é e tudo que o formou.

Ame-o verdadeira e completamente.